segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Falar ou calar, eis a questão...


É sinal de inteligência e sabedoria falar pouco, falar bem e não falar mal de ninguém.
Contudo, calar-se é ainda mais importante, quando calar-se é dizer tudo.
Há quem se cale por não ter realmente nada para nos dizer,
mas há também quem se cale por omissão,
quando seria um dever falar, escrever, gritar,
colocar a boca no trombone, como se dizia antigamente.
Calar-se na hora certa e pelos motivos certos é uma verdadeira arte cujas regras um pequeno livro do Abade Dinouart quer nos transmitir.
Autor francês do século XVIII,
suas admoestações para que façamos silêncio ainda hoje são pertinentes.
Sutileza não lhe falta.
Ao mesmo tempo que recomenda o silêncio,
lembra que há silêncios falsos,
aqueles que simulam uma sabedoria que, de fato, inexiste.
Nem sempre calar-se significa profundidade de pensamentos.
Pelo contrário, é camada de verniz que recobre um vazio sepulcral.
Mas há ainda outros silêncios, e alguns deles diabólicos.
Há o silêncio manipulador, o silêncio torturante, o silêncio chantagista,
o silêncio rancoroso, o silêncio conivente, o silêncio da zombaria,
o silêncio imbecil, o silêncio do desprezo.
Há pessoas que matam com seu silêncio.
Há silêncios que esmagam a justiça e a bondade, na calada da noite.
Por isso o silêncio rico de significado é ainda mais apreciável e luminoso.
Falo do silêncio que prenuncia novas palavras.
Falo do silêncio que é solidariedade na dor.
Falo do silêncio que soluciona cisões.
Falo do silêncio que pergunta.
Falo do silêncio que perdoa.
Falo do silêncio que ama.
O silêncio mais puro é aquele que guarda a confidência.
Este silêncio jamais é excessivo.
Não se deve apregoar aos quatro ventos o que foi murmurado na intimidade da amizade e do amor.
O silêncio mais sábio é aquele que fazemos diante dos impertinentes,
intolerantes e desbocados.
É o silêncio do Cristo inocente diante dos acusadores,
o silêncio dos espaços infinitos diante da quase infinita capacidade nossa de falar ou escrever sem razão.
Calar da maneira certa é deixar que uma voz mais profunda seja ouvida.
A voz severa, a voz serena, a voz suave e firme da verdade.
O verdadeiro silêncio diz a verdade que não se pode calar.
O verdadeiro silêncio nunca será cedo demais.
Quero ouvir o silêncio que tudo explica.(Gabriel Perissé, escritor e doutor em Filosofia da Educação.
"Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se. [...] Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!" (Tiago 1:19, 26)Marily Sales dos Reis

sexta-feira, 15 de agosto de 2008


O estreitamento ou a ampliação do horizonte interior do ser

humano não pode ser medido por outra pessoa.

O processo do desabrochamento pessoal só se torna compreensível

à luz da experiência própria do procurar-se e encontrar-se,

onde, então, de diferentes maneiras é sentida a posição axial da autoconsciência.


imagem - mapkos2007 - eu e o João em Paranapiacaba

texto - by Virgina M. Axiline

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Amor?

O amor nunca é desperdiçado;
o mínimo restinho,
mesmo esfarrapado,
sustenta nossos objetivos.
(J.D.)

Prece...

O desejo de rezar já é uma oração!
(Georges Bermanos)



Don´t worry!

Pelo menos 98% das coisas com que
nos preocupamos, não acontecem.
(Abigail Van Burn)